segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Busca por ajuda...

            Nosso começo foi como o de muitos pais, ficamos perdidos no início, mas esperançosos de que tudo daria certo. Começamos os acompanhamentos com psicólogo e fonoaudiólogo...
Até que na primeira consulta com a fonoaudióloga tomamos um bom banho de água fria... "não espere grandes progressos de seu filho, ele não vai falar, mas podemos melhorar sua condição de vida", essa frase devastadora me marcou (negativamente), afinal, meu pequeno havia ficados alguns poucos minutos com ela na sala e isso foi o suficiente para que ficasse determinado que ele não falaria. mas Deus escreve certo por linhas tortas... quanto a isso não temos dúvidas.
            Após algumas poucas sessões (graças a Ele), por recomendação da Unimed fomos "obrigados" a mudar a fono terapeuta (Obrigada mil vezes Senhor), ali começou as mudanças. De cara meu filho se encantou e nossos ânimos e esperanças outrora perdidos, haviam sido devolvidos. Um anjo que atendia por "Tia Gla" (Glaciele), abraçou literalmente a causa do nosso menino, juntamente a "Tia Manu" (Manuela). Agora sim, havia esperança de que tudo desse certo. e já conseguia falar de forma que entendiamos.

Trocando de médico

           Após alguns meses tomando um determinado medicamento, o Heitor começou a ficar irritado e agitado , por conta própria fomos diminuindo a medicação até que zerasse a dosagem. Precisávamos de um novo médico para acompanhar o caso, foi então que a madrinha dele nos indicou um neuropediatra do Rio de Janeiro.
Marcamos a consulta e fomos por coincidência ou destino, 25/09/2013, meu aniversário de 31 anos... chegamos as 14h e fomos atendidos na hora marcada, após algumas observações in loco, considerações e informações que passamos, o médico chegou a um parecer... "seu filho apresenta características do Transtorno do Espectro Autista - TEA".


           E foi de frente pra esse marzão que fomos tentar digerir o que acabávamos de escutar. Nossa sorte é que fomos à consulta cercada de AMIGOS, que nos confortaram e apaziguaram nosso coração, pois o choque foi grande ao saber que ele poderia ter uma vida "limitada".
          Deste dia em diante começamos uma nova medicação (ele faz uso até hoje) e procuramos saber mais sobe o assunto, as terapias também foram voltadas para este tema. Daqui em diante só avanços... Amém!!!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Descoberta da maternidade 🤰

            Em meados de 2009 recebi a confirmação de que a maternidade batia a minha porta, EMOÇÃO é a palavra perfeita  pra descrever o sentimento.
            Já no terceiro mês descobrimos o sexo do bebê 👶🏼... um menino, seu nome já estava escolhido: Heitor (o domador de cavalos, origem grega), além de gostarmos da mitologia envolvida no nome, queríamos um nome forte (hoje entendemos perfeitamente o que nosso inconsciente nos mandou fazer).
           Tive uma gestação maravilhosa, sem nenhum percalço, sobressalto, ou qualquer tipo de problema comum a algumas gestantes. Fiz tudo e mais um pouco que uma pessoa em “estado interessante” pode ou consegue fazer, pintei paredes, lixei portas, envernizei janelas (estávamos preparando a casa pra a chegada do Heitor), cuidei dos afazeres domésticos, passeei, enfim, tudo normal.
          Em março de 2010 meu filho nasceu de uma cesárea sem complicações, chorou quando retirado, apgar normal, peso bom, tudo lindo. Recebemos alta no dia seguinte ao parto. Tudo transcorreu de maneira normal e rotineira, a única coisa que me causou um pouco de estranheza foi o fato dele dormir MUITO bem, estava habituada a ouvir mães reclamando que seus filhos não as deixava dormir. Graças a Deus, não era o meu caso. 😅
          O tempo foi passando e tudo parecia certo, com 1 ano e 1 mês meu filho andou, mas não falava quase nada... nem Mamãe... nem Papai... não da maneira tradicional. Passava muitos minutos admirando a própria sombra, brincava por horas no seu bercinho sem reclamar de nada, assistia aos shows musicais que eu colocava na TV 📺 ( daí o gosto pelo Tears for Fears), não me atrapalhava em nada do que ia fazer em casa, era a criança mais dócil que já tinha visto.
          Passado algum tempo, nos mudamos e como comecei a trabalhar precisei deixá-lo numa creche... ali começou a descoberta para um mundo novo e ainda misterioso para nós... pais, parentes e amigos.


O que o tornava diferente?


           Em agosto de 2012, por conta do novo trabalho precisei matricular ele numa creche da cidade (próxima a empresa). De início tudo bem, ele gostava de ir, apesar de não falar... mas os dias foram passando e os questionamentos começaram...
           Fui chamada pra uma conversa com a pedagoga da creche, porque meu filho brincava de maneira “diferente” com os brinquedos 🧸 . Ele virava os 🚗 e ficava girando as rodinhas com os dedos, separava as peças por cores, sempre que podia fugia para o banheiro afim de brincar com a água da torneira, além disso não tinha reação “raivosa” quando algum amiguinho brigava com ele.
Não me foi dito de maneira direta, mas para bom entendedor um pingo é letra, elas achavam que ele era autista... fiquei sem chão pela primeira vez.
          Sai de lá com a cabeça quente, mas fizemos o que nos foi indicado, procuramos um especialista (neuropediatra),... ele nos recebeu, sugeriu alguns exames clínicos para descartar outras hipóteses, fizemos os exames e todos normais. Retornamos no médico, mostramos os exames e ele nos disse que autista não era o caso e sim, TDAH (Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade), indicou a medicação e terapia. Voltamos pra casa, sinalizamos a creche que o tratamento indicado havia começado e que precisaríamos da ajuda deles pra ver se tudo estaria caminhando de acordo com o imaginado.
          A partir daqui começou uma nova luta... a primeira delas, a busca por profissionais engajados e dispostos a ajudar.